terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CD de inéditas



O novo CD de inéditas do Jota Quest - La Plata está em sintonia com o momento
delicado que vive o mercado financeiro em todo o mundo, com as oscilações da bolsa.Produzido por Liminha, La Plata apresenta no repertório autoral a primeira parceria do grupo com Nelson Motta, Ladeira, via gravadora Sony BMG.
O Cd está repleto de variedades e pelo que eu pude ouvir o Jota está super a vontade com esse novo trabalho que mistura um pouco de tudo, desde baladas como vem andar comigo que é muito linda e romântica, até muito rock como Hot To go.
Além da participação de Ashley Slater, trombonista e ex-integrante da banda Freak Power, e também de Nelson Motta como co-autor da música "Ladeira".

"Somos uma banda pop que quer divertir e se divertir também. Esse disco tem ainda a coisa da crítica social presente na letra de `La Plata`, em algumas metáforas e na capa do CD" Diz Flausino
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Bom, o jota quest desde seu lançamento com o cd la plata, vem dando diversas entrevistas, tanto na Tv, divulgando seu novo trabalho, quanto em jornais e revistas...
Selencionei algumas de suas entrevistas e postei no blog, espero que gostem...
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1° entrevista feita pela revista Contigo


No início vocês faziam shows de abertura, não é? Lembram-se?!?

Rogério Flausino: Aquele show no antigo Olímpia (SP), de abertura do show do Skank, foi o começo de tudo. Foi no dia 3 de outubro de 1996. Aquele foi o trampolim, porque o Skank estava muito bem naquela época, era o estouro deles. As pessoas estavam lá para ver o Skank e aí viram nós de lambuja. Hoje em dia, quase sempre tem alguém abrindo nossos shows. A gente faz isso porque nos beneficiamos muito disso.

Marco Túlio: Essa foi uma maneira de aproveitarmos os poucos minutos de uma banda que estava estourando.
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Por que vocês ficaram tanto tempo sem gravar um novo CD?

Rogério: Foram três anos sem gravar, mas o nosso processo natural é gravar a cada dois anos. Então resolvemos construir um estúdio. Mas como obra é obra, estendemos a turnê do ano passado por mais seis meses para dar tempo de gravar no estúdio novo. Somando tudo deu os três anos de um álbum para o outro. O nome do nosso estúdio é Minério de Ferro, fica em Belo Horizonte e é bem bacana.
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E a pegada musical da banda, continua a mesma?

Rogério: Mais do que nunca, e mais do que nunca, o Jota é um caldeirão de idéias e de influências, que começou lá trás, com a black music, quando ainda usávamos as perucas black power. Nessa época, estávamos mergulhados no soul, funk e black. Depois veio o rock. Antes da banda, todos nós tocávamos rock, por isso temos referência de rock nacional e internacional de todos os tempos. Nesse CD a fusão de ritmos brasileiros está bem representada nas canções Paralelepípedo e Ladeira.

Túlio: O maior barato do Jota é a mistura, é trazer as diferenças e polir de uma maneira que fique com a nossa cara. Porque nós somos uma banda só e não podemos ter a cara de muitas.
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A participação de cantores internacionais em discos brasileiros vem se tornando constante? Enriquece o CD?

Rogério: É interessante você poder flertar, sair do seu mundo e pegar outras referências, isso faz bem, mas para cada artista acontece de um jeito. No nosso caso, a participação especial não foi obrigatória. Não tem isso, não. O que acontece é que quando se está num processo de composição, muitos amigos passam pelo estúdio e acabam participando do trabalho. No caso do Ashley Slater (da banda Freak Power), que cantou Hot to Go e So Special, nós achamos um cara legal, referência real da banda. Fizemos um convite e ele aceitou. Ele é um cara low profile, mas que trouxe dados artísticos positivos para nós. Ele superou a nossa expectativa. Virou nosso brother! Já o lance do Ben Harper com a Vanessa da Mata foi sensacional. O Ben Harper é um cara fera, então foi muito bom para ela, para ele e para nós, enquanto público
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Por que La Plata?

Túlio: Decidimos que La Plata seria o single pelo próprio simbolismo, 'la plata', que é uma gíria, que significa grana e não dinheiro. Não estamos falando de crise financeira. O formato da música, meio irreverente, meio rap e meio punk se destacou das outras, ficou legal pra caramba.
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Após 12 anos, vocês sentem que o público do Jota está envelhecendo também?

Márcio: Outro dia, o Rogério fez uma pergunta curiosa num show que fizemos em Campinas. Foi a primeira vez que ele fez isso. Ele perguntou: "Quem aqui já viu um show do Jota Quest?" Setenta por cento das pessoas responderam que não. Quer dizer, era uma galera nova. Então atravessar gerações é um sinal de vitória. A gente faz um som abrangente. Hoje em dia, as coisas não estão mais tão rotuladas, as pessoas estão mais livres para gostar disso ou daquilo, independente da idade.
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Rapidinha da banda

Um homem: Oscar Niemeyer
Uma mulher: Alessandra Ambrósio
Um lugar: Belo Horizonte
Um ídolo: Tim Maia
Uma comida: A mineira, é claro
Um sentimento: Amor
Um sonho: Pagar o nosso estúdio (risos)
É extremamente fácil: Fazer show
Teoria barata: De teoria, já basta a de Einstein, de teorema, já basta o de Pitágoras, de lei, já basta a de Newton
Uma palavra de um futuro bom: Fé, paz, educação, honestidade
Além do horizonte existe?: Ninguém voltou ainda para me contar
As maiores dores do mundo: O preconceito e a intolerância religiosa. As pessoas se matando por um Deus
Um amor maior: Família
O Jota Quest é: Um caos que deu certo
Fonte: Contigo
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2° entrevista: raggadrops.com.br


Plagiando uma frase da música de trabalho, digam: Grana fácil ou grana curta?

PJ - Não existe grana fácil. Só se for por meios ilícitos. Aliás, acho que é a principal coisa do título deste CD: criticar o dinheiro. Não que seja ruim ganhá-lo, mas sim, o dinheiro ser fácil, mesquinho, mal empregado, especulado. E, além de tudo, colocá-lo como meio pras coisas e esquecer os valores pessoais.

Marco Túlio - Essa letra foi o Rogério que escreveu, então, a interpretação é livre. Mas quando você coloca “Quanto vale?” quer dizer muito mais do que “Quanto custa?”. O que vale? Por que disso? Então, vejo La plata como um deboche do jeito Jota Quest, com irreverência, um toque de humor e até aquela latinidade da música. É uma crítica ao nosso momento, uma situação de valores que levam a uma série de coisas, inclusive esse caos financeiro. As moedinhas, as pratinhas não simbolizam dinheiro e, sim, a nossa loucura diante de tudo isso.
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Quanto vale o show do Jota Quest?

Marco Túlio - Quem vai dizer isso é o público que vai assistir: “Vale a minha noite?” “Ficar duas, três horas em pé?” A gente vai começar a sentir isso agora.
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Quanto tempo demorou pra produzir o disco?

Rogério Flausino - A gente fez ele todinho em sete meses. A produção inteira, até a finalização e mixagem, que é uma coisa que a gente não conseguia antes. Tudo aqui no nosso estúdio, Minério de ferro. Mas começamos no ano passado. O PJ faz muita coisa na casa dele, a gente estava na casa do Márcio em uma outra frente de trabalho, o Paulinho fez as coisas dele aqui... Mas de Minério de Ferro mesmo, foi do começo de março até agora, quando entregamos o disco pra gravadora.
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E se eu tiver uma banda e quiser gravar aqui?

Paulinho - Agora que a gente terminou o nosso, né? Vamos formatar o que realmente vamos fazer com ele comercialmente. Mas vejo como um estúdio voltado pra projetos mesmo. Não aquele tipo que o cara vem e grava uma horinha ou uma música só. Serão coisas que a gente tem uma certa empatia. Afinal de contas, é a nossa casa, né? Queremos participar de tudo. Essa parte mais comercial, não sei, Marco Túlio, o que você pensa?

Marco Túlio - ¿Dónde está la plata? Rs

Rogério Flausino - Rs. Mas, por exemplo, a gente está trabalhando com o Rubinho de Souza, que é um produtor legal, produz muita gente bacana e acabamos conhecendo. Tem muita gente que sai de outros lugares pra vir gravar com ele em BH e a gente conhece. É o que o Paulinho falou de rolar uma empatia, até pra ser uma coisa séria e não projetos muito efêmeros. A gente também está na guerra pelas bandas novas, projetos alternativos, pra poder facilitar as coisas. Também tivemos dificuldade de juntar todo dinheiro que tinha pra gravar demo, sabemos dessa luta. A gente quer acompanhar, não só dizer “me dá a grana aí”. É disso que estamos falando no disco. Essa é a nossa casa, pra gente fazer nossas coisas e ver bons projetos realizados.
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E quais são essas bandas novas que vocês acreditam agora?

Rogério Flausino - O Gleison Túlio, Glauco Nastácia e o Danilo, do Falcatrua, montaram o Power Trio. Meu Deus do céu! O que é aqueles caras tocando? O negócio é de outro planeta.

Marco Túlio - Como a gente não tem praia e surfe, BH é uma cidade cheia de madeira, a galera não tem tantas opções. Então, toda hora tem uma molecada fazendo um som. Temos vários bares pra ter um cara tocando um violão, uma bandinha, então, não é à toa que tem essa turma fazendo barulho. E, agora, tem o Minério de Ferro pra abrigar todas essas vertentes.

Paulinho - Uma coisa legal é que essa região onde o estúdio está, no Belvedere, é um lugar que era meu sonho gravar, no estúdio do JG, onde gravavam todos os discos da Cogumelo, de heavy metal. Agora, a gente está aqui do lado, com nosso estúdio, tantos anos depois
Fonte: raggadrops.com.br
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Sem falar da entrevista do PJ
Fonte: www.pequi.tv/.../entrevista/entrevista-pj/

1 – Paulo, conte pra quem ainda não sabe, a sua relação com Curvelo, suas lembranças, suas raízes e agora seu retorno à cidade depois do seu consagrado sucesso como artista.

PJ: Nasci em Curvelo e minha família é de lá como muitos sabem. Fui para Brasília aos 05 anos, mas sempre passei férias em Curvelo. Essa cidade tem um significado muito grande para mim, pois me considero 100% “Curvelano”. Hoje vou menos à cidade devido a minha vida profissional. Não existe nenhuma fase de minha vida em que Curvelo não esteja presente. Afinal foram tantos carnavais, passagens de ano e férias, que é impossível não ter Curvelo na mente!

2 - Qual foi o primeiro som (música) que você lembra ter escutado na sua infância que serviu como determinante para sua carreira de músico. E por acaso foi em Curvelo essa experiência?
PJ: Olha, meu pai, o saudoso “Paulo Botão”, era uma pessoa que ouvia muita música. Através dele conheci de Elvis a Martinho da Vila, mas o primeiro som que me chamou atenção foi a banda Queen. Eu tinha 11 anos quando comprei meu primeiro disco (LP) e foi o “Greates Hits” do Queen.

3 - Como descobriu seus dons musicais e por que escolheu o baixo?
PJ: Minha mãe me matriculou na Escola de Música de Brasília quando eu tinha oito anos. Lógico que não deu certo, pois não dei continuidade. Aos meus 15 anos, devido ao sucesso das bandas de Brasília como Legião, Capital, entre outras, eu me interessei outra vez por tocar algum instrumento. Daí eu pedi um baixo de Natal para meu pai e ele, como sempre, me apoiou em tudo, me deu um daqueles bem baratinhos. Assim foi o “start”!

4 - Quais são suas referências musicais, suas influências?
PJ: Influências musicais digo eu que cada hora mudam, pode parecer estranho, mas me influencio mais por um tipo de som do que por baixistas hoje em dia. Gosto muito de Rock n’ Roll, Disco Music e Funk. Talvez hoje me influencio por estilos musicais e bandas como ‘Chic”, Red Hot Chili Peppers, Samba de raiz, Bossa Nova, e por aí vai…

5 - Você compõe temas instrumentais. Pensa em realizar um trabalho paralelo à sua carreira da banda como gravar um CD?
PJ: Todos nós no “Jota Quest” compomos. Como sou baixista, todos devem achar que é mais difícil para eu compor… Mas não… Não tenho nenhuma dificuldade em criar. Quanto a um trabalho paralelo, ainda não penso nisso, pois minha vida é 100% JQ.

6 - Conte para os curiosos a verdadeira história dos primeiros shows do “J”, dentre eles, os que fizeram em Curvelo, ou isso é uma lenda? Teve nesses shows alguma curiosidade que você lembra?
PJ: Nossa! Tocamos uma ou duas vezes em Curvelo, no Curvelo Clube, acho que em 94 ou 95. Meu irmão Mário, junto com patrocinadores locais nos trouxeram. No Curvelo Clube nem chegamos a tocar no palco, tocamos naquele espaço ao lado e juntamos mesas para servir de palco! Além disso, meu pai, com pena de quem não podia pagar, colocou muita gente para dentro… He He! Quando me lembro disto, vejo como é bom termos um sonho na vida e lutarmos por ele. Graças a meu pai, que sempre me deu apoio, cheguei aonde cheguei. Ele sempre dizia: “Não me importa o que você vai ser, lixeiro ou doutor, mas seja o melhor que você puder”! Já dizia Paulo Botão!

8 - Sucesso consolidado há mais de uma década, reconhecimento de público e crítica. Aonde a banda pensa chegar? Ainda mais longe? Literalmente fazer sucesso no exterior?
PJ: Tocamos várias vezes fora do Brasil, mas a Língua Portuguesa limita muito o poder de fogo dos artistas nacionais. Concordo que isto não seja um problema, mas carreira Internacional ainda é um sonho e vamos chegar lá sim, pode escrever isto aí…! Já tocamos em NY, Boston, Miami, Newark, Londres, Lisboa, etc. Quem sabe num futuro próximo seremos World Wide Stars?

9 - Guimarães Rosa é talvez o maior nome da literatura brasileira com tanta proximidade com nossa realidade regional. Nesse ano de seu centenário de nascimento, você como o sertanejo (nascido no sertão das Gerais) e componente de uma das mais importantes bandas da história do pop-rock do Brasil, vê a possibilidade de ter no repertório futuro do Jota Quest alguma referência do Guimarães ou de sua obra?
PJ: Nossa, sou muito fã dele. Nossa família tinha um sitio na estrada de Cordisburgo e várias pessoas mais velhas sempre contavam casos do Guimarães Rosa. Nunca pensei nisto, mas sabe que é uma boa idéia…!?

10 - Para encerrar, Paulo, Curvelo, terra de Alceu Penna, Zuzu Angel, Lúcio Cardoso, Ângelo Antônio, Paulo Jr, dentre outros talentos criados aqui, o que você acha que a cidade, as instituições e, sobretudo, a população, devem fazer para cuidar mais de seus valores artísticos e culturais, para que amanhã possamos ver mais nomes expressivos como esses que citamos em destaque na cultura nacional?
PJ: Olha, sempre cito estes nomes, pois acho a cultura de Curvelo muito forte e abrangente. Apesar de achar que o sucesso não depende de onde você veio, mas sim de para onde você quer ir. Acho que o valor de Curvelo para Minas e para o Brasil é muito grande. Nunca conversei com o Ângelo Antônio, mas o admiro muito. Eu o considero um dos atores brasileiros de maior carga dramática que já vi. Ele realmente é um talento à parte. Zuzu nem se fala, né !? Meus amigos, Curvelo realmente é um lugar muito especial onde talento e Sol batem muito forte! Para onde tenha Sol… é para lá que eu vou (e volto)!

Por: Carlos Ribas
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Para terminar Rogério Flausino, comentou algumas faixas de La Plata

La Plata - É a faixa de trabalho e que dá nome ao álbum. Faz uma crítica social, ao consumo e ao valor das coisas.

Ladeira – é nossa primeira parceria com o Nelson Motta. Ele veio pra Belo Horizonte ficou com a gente e aí saiu essa música super brazuca.

Tudo Me Faz Lembrar Você – Essa é uma das que mais gosto do disco. Ela tem um sampler do (cantor e compositor francês) Serge Gainsbourg, ela tem umas batidas mais modernas e acho que ela é uma forte candidata a tocar no rádio.

Único Olhar – É uma balada muito bonita. É uma parceria minha com Giovane Mesquita (e não Giovana como está no encarte do CD). Um artista novo que tá chegando aí, mineiro também e cheio de história boa pra contar (risos). Ele tem uma banda chamada Fly, que lançou um álbum já. Agora ele está em São Paulo e está bem enturmado com a galera.
Fonte: Vagalume



Músicas do novo albúm:
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La Plata
Ladeira
Seis e Trinta
Tudo me faz Lembrar você
So Special
paralelepípedo
Ùnico Olhar
O Grito
Hot to Go
Nobody's Watching
Vem Andar Comigo
Laptop (Bônus Track)
So Special (Ashley Slater Special Mix)

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